terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Deputado comunista corta PCdoB da vice e crava Negromonte; Tempo de TV favorece PP

Tô com CQC contra as drogas 
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Tudo caminha para o Partido Progressista, sigla presidida na Bahia pelo deputado federal Mário Negromonte, ser realmente escolhido pelo governador Jaques Wagner (PT) para compor a chapa majoritária ao lado do candidato ao Palácio de Ondina, o secretário da Casa Civil estadual, Rui Costa (PT). Antes mesmo de ensaiar entrar definitivamente na briga, o PCdoB já retirou a reivindicação da mesa do chefe do Executivo. O nome especulado era o da deputada federal Alice Portugal (PCdoB), que contava com o fato de ser mulher, aliada antiga, além da simpatia de membros de várias legendas da base governista. No entanto, em entrevista ao Bahia Notícias, o deputado estadual Fabrício Falcão (PCdoB) cravou que a sigla está fora da disputa. Ele ainda adiantou – com base nas conversas de corredores da Assembleia Legislativa da Bahia – que apostará “todas as fichas” que Negromonte vai compor a trinca com Rui Costa e o candidato ao Senado, o vice-governador Otto Alencar (PSD). “O que está colocado é que o partido mais forte depois do PT e PSD é o PP. Tem as prefeituras de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Ilhéus, Lauro de Freitas e Jequié. Tem cinco deputados estaduais. Três deputados federais. Não é oficial [PCdoB fora da disputa], até porque meu partido tem legitimidade. Mas, infelizmente, a conta do governador é em cima de voto, de prefeituras, e o PP tem mais de 50. O governador já tinha dito ao PCdoB que o vice era dos maiores partidos. Ou seja, com Otto e o PSD no Senado, sobrou PP e PDT. Vai ser Negromonte, não há dúvida”, disse Falcão, que mesmo batendo o martelo não esqueceu dos elogios ao “amigo do governador e grande deputado”, o presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT).
Na calculadora do governador para fechar a indicação entra outro elemento essencial, ainda mais quando se trata de um candidato menos conhecido do eleitor, como é o caso de Rui Costa: o tempo de televisão. Na campanha para o Palácio de Ondina, o horário eleitoral gratuito terá tempo total de 50 minutos, dividido entre os cargos de presidente, governador, deputado federal, deputado estadual e senador. O Tribunal Superior Eleitoral determina que 6 minutos e 40 segundos sejam repartidos entre as siglas com candidato a governador. Até agora cada fatia vai para: Rui Costa, o candidato da oposição (PMDB, DEM e PSDB), a senadora Lídice de Mata (PSB) e Marcos Mendes (PSOL). Neste universo, cada um teria 1’40’’ da cota. O restante – 13’20’’ – é dividido conforme o número de deputados federais que cada legenda tem. Na aritmética de Wagner e Rui Costa a soma já tem quase 9 minutos, que vem do PT, PSD, PP, PR, SDD, PDT, PTB e PCdoB, sendo que outros ainda vão entrar na coligação. Negromonte tem a seu favor 1’02’’ para dar a chapa do governo, enquanto o PDT terá apenas 28’’para contribuir. Do lado da oposição, caso a trinca seja fechada com Geddel Vieira Lima (PMDB) ou Paulo Souto (DEM), são 4 minutos (DEM + PSDB + PMDB), mas siglas como PPS e Pros ainda devem fechar aliança com o bloco. Lídice, que espera fechar com o PV, tem somente o tempo do próprio partido: 37 segundos. Ainda está em disputa fatias como a do Pros (28’’), PSC (20’’), PRB (15’’), PV (14’’) e o PPS (12’’). Sendo assim, a próxima eleição deve ter uma disputa midiática maior do que no pleito de 2012, quando o então candidato petista e deputado federal Nelson Pelegrino (PT) contava com 14 partidos na coligação, o que gerou 13’49’’ de tempo de TV e rádio, de um total de 30 minutos. Os adversários tinham cerca de 5 minutos cada. No cenário atual, as eleições de outubro deste ano devem ter Rui Costa com aproximadamente 10 minutos, enquanto o time do prefeito ACM Neto (DEM) terá entre 5 e 6 minutos.
Para os senadores, o horário eleitoral em rádio e TV será de 10 minutos, com a mesma divisão proporcional da disputa para governador. Deputados estaduais também terão 20 minutos, na mesma forma de cálculo. Presidentes e deputados federais terão 25 minutos cada. A divisão é a seguinte: às terças, quintas e sábados, o cidadão é “quase obrigado” a conferir os pronunciamentos e pedidos de votos dos candidatos à Presidência e à Câmara Federal. Nas segundas, quartas e sextas, o falatório fica por conta dos possíveis governadores, senadores e deputados estaduais. Os discursos começam no dia 19 de agosto

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