terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Em S. A. de Jesus não é diferente: "Marginais ocupam módulos desativados"

Tô com CQC

"Imagine esta cena: Um ladrão perseguido por populares corre desesperado pelo Largo dos Dois Leões, próximo à Baixa de Quintas. Sem opção de fuga entra num estabelecimento comercial situado quase defronte de um posto policial. Funcionários e clientes da loja entram em desespero com o clima de revolta que toma conta do ambiente. Alguém, com uma faca em punho, ameaça cortar o marginal. Pânico geral.
“Chamem a polícia!”, alguém grita, entretanto nenhum policial se encontrava no módulo que, desativado, é mais um ponto sossegado para elementos como o ladrão em questão utilizar na madrugada.
Felizmente aparece uma guarnição, os ânimos se acalmam e o fugitivo é levado para a delegacia. O drama aqui narrado é inspirado num fato real, assim como é uma realidade a insegurança que paira em vários bairros da cidade que possuem módulos, porém desativados e ocupados por pedintes, marginais e usuários de droga.
Conforme já esclareceu há algum tempo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia e o Comando da Polícia Militar, o fechamento dos módulos é uma estratégia de segurança a nível nacional. Os postos policiais funcionavam como alvo fácil para o crime organizado, o que não ocorre com rondas efetuadas por viaturas. Entretanto, o abandono destes equipamentos continua a assustar as pessoas de bem, principalmente as residentes em bairros com índice de violência acima da média.
“Este módulo desativado é um absurdo!”, diz o motoboy Paulo Matos de Jesus, 23, que presta serviço à loja invadida pelo grupo que percebia o ladrão. “Já tem mais de um ano que este módulo policial fechou. Já foi reformado, em seguida atacado, botaram fogo e nunca mais nenhum policial apareceu. Uma viatura para de vez em quando ao lado, mas depois vai embora.
Estamos aqui desprovidos de segurança. A nossa loja já foi assaltada duas vezes e teve até ato de vandalismo quando da perseguição ao marginal que entrou aqui. A noite aqui é muito difícil pra gente”, relatou Ita Cássia da Costa, 39, do setor administrativo da empresa onde o fugitivo tentou se refugiar.
“Os mendigos já tomaram conta da maioria dos módulos policiais aqui da área”, diz Maria do Rosário da Silva, 32, ao se referir aos módulos situados entre o Largo do Tamarineiro, a Liberdade e o fim de linha do Pero Vaz. O primeiro ganhou câmara de filmar do lado externo, soldados da Polícia Militar estão sempre parando ao lado do equipamento, mas essas iniciativas ainda não devolveram a tranquilidade que os moradores e comerciantes do largo desejam da segurança pública.Nelson Rocha...". Inserção de fotos (As duas primeiras, Maria Preta; duas seguintes, São Benedito), em S. A. de Jesus. Mascarenhas.  Textto, FragmentoTribuna da Bahia
 

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