terça-feira, 3 de abril de 2012

Seca atinge mais de dois milhões de pessoas na Bahia

A verdade custe o que custar.
               
Nos pastos, pouca comida, o capim já secou. O gado está morrendo de fome. O jeito é carregar a palha do milho que o sol não deixou colher. É assim que o pecuarista João Farias, de 94 anos, tenta salvar os bezerros. "Se o gado enfraquecer e começar a cair, tá morto.", diz. Na região de Irecê, a que mais produz feijão no nordeste, as perdas na lavoura passam de 80%. Há escassez de água até no subsolo. Poços artesianos secaram. Os que ainda funcionam já dão sinais de que também estão se esgotando. Para muitas comunidades do sertão da Bahia, o caminhão pipa é a única fonte. E quem recebe a água que ele traz tem a obrigação de dividir. Na barragem de Mirorós uma reserva acumula 170 milhões de metros cúbicos de água. O lago se espalhava por quinze quilômetros. Encolheu tanto que não passa de três quilômetros.
São 14 cidades atendidas pela barragem. Na maioria dos povoados da área, água, só dois dias da semana. O canal que abaste a produção irrigada logo vai secar e o fornecimento para os 220 lotes do projeto já foi cortado. Os produtores colhem os últimos cachos das bananeiras que foram plantadas no ano passado. Os plantios mais novos não vão produzir. Dos 417 municípios da Bahia, 186 já decretaram situação de emergência. São mais de 2 milhões de baianos sofrendo com a falta de chuva. (G1)

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