A
médica Kátia Vargas Leal Pereira, acusada pelo Ministério Público de
provocar o acidente que causou a morte dos irmãos Emanuel e Emanuelle
Dias Gomes, de 21 e 23 anos, no dia 11 de outubro, foi liberada pela
Justiça na tarde desta segunda-feira (16). A informação foi confirmada
ao Aratu Online pela defesa da oftalmologista. O juiz Moacyr Pitta Lima,
responsável pelo caso, disse a TV Aratu que revogou a prisão preventiva
de Kátia, que deixou o Complexo da Mata Escura por volta das 17h. Ela
estava presa desde o dia 17 de outubro.
Lima
definiu ainda que a médica vai a júri popular. O advogado Daniel
Keller, que atua como assistente de acusação, comemorou a informação.
"Este era o nosso principal objetivo. O juiz entendeu a gravidade do
caso, inclusive apontado para a existência da colisão entre os veículos,
tanto que ela vai responder por homicídio triplamente qualificado, só
que em casa", disse.
Segundo
Keller, o fato de a médica ser julgada em liberdade não invalida o
trabalho da defesa. "O nosso código penal, mesmo quando da análise de
crimes graves, dá brechas para que o acusado responda em liberdade. O
juiz entendeu que não havia mais prejuízo a manutenção da ordem pública,
por isso, decidiu liberá-la", concluiu.
O
advogado esclareceu ainda que cabe recurso de ambas as partes. "Tanto
nós, da acusação, podemos recorrer pelo fato de ela ter sido posta em
liberdade, quanto a defesa pode contestar na Justiça o júri popular",
contou. Keller, entretanto, não confirmou se fará isso. "Ainda preciso
me reunir com o Ministério Público para traçarmos as novas estratégias",
concluiu.
Em
depoimento, prestado na última quinta-feira (12), no fórum criminal de
Sussuarana, a médica afirmou que não houve colisão entre o seu carro e a
moto onde estavam os irmãos. Kátia disse ter ouvido um barulho de algo
se chocando contra o seu carro, mas que ela não sabe dizer o que foi.
Depois disso, a médica disse que se assustou, pisou no freio, perdeu o
controle do veículo, e que não se lembra de mais nada após este momento.
*Aratu
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