A polêmica da construção dos Postos de Saúde da Família de Santo Antônio de Jesus e a falta de medicamentos que afeta as unidades, assim como no CAPS, continua dando o que falar. Na última segunda-feira (01), o vereador Antônio Nogueira Neto (PSB), o conhecido Tom, usou a Tribuna para falar sobre as questões e criticar a falta de uma iniciativa por parte do município para sanar esse problema. Sem gostar do que ouviu o líder da bancada do prefeito, o vereador Francisco Damasceno, o conhecido Chico de Dega, alegou que Tom estaria mal informado.
Falta de medicamentos: Na manhã desta quinta-feira (04), o vereador Tom esteve na Rádio Recôncavo FM para falar sobre as colocações do edil. Inicialmente, ele ressaltou que às vezes as pessoas tentam defender o indefensável e não conseguem, “mentiras existem várias, porém a verdade é apenas uma, a população da zona rural e urbana, que é assalariada, quando vai ao posto de saúde buscar seus medicamentos necessários para seus tratamentos não os encontram”, completou. Nogueira acrescentou que o papel do líder da bancada do prefeito é defender o seu superior, mas existem coisas que não dá para defender. Segundo o entrevistado, em toda a mídia da cidade, seja ela escrita ou falada, há reclamações do povo com relação à falta de remédios nas unidades de saúde da cidade. Desafiando Chico de Dega, o vereador disse: “Quando acabar minha entrevista chame todos os vereadores da cidade junto com a imprensa, escolham cerca de cinco ou seis postos de saúde e visitem para ver se tem medicamento ou estrutura para os profissionais trabalharem”.
Denúncias: Tom relatou que há um tempo foi levado luva de limpeza no lugar da luva cirúrgica para os profissionais da área de saúde trabalhar, complementando que tem como provar essa afirmação. Considerando essas situações fora do normal, Antônio relatou também que há uma espécie de gozação por parte do prefeito Humberto Leite (PDT), que ao dar entrevista a uma emissora da cidade falou que até nos hospitais e farmácias falta medicamento, “se alguém em algum momento for a um posto de saúde da nossa cidade, não encontrar medicamentos e fazer comentários pode ter certeza que é política. Pode ir atrás porque deve ter muito comprimido em casa na gaveta, sem utilização, pois muita gente está fazendo isso”, complementou. Comentando o fato de o prefeito ter dito em entrevista que: “O paciente que pegar remédio terá que provar o seu uso”, o edil explanou que há dois pensamentos para isso, sendo o primeiro é que ele está gozando com a cara da população, principalmente com aqueles que mais precisam e em segundo plano que ele não deve conhecer os santoantonienses. Ele garantiu que os pacientes do CAPS, por exemplo, estão sem medicamentos importantes para suas vidas, “uma paciente me ligou e disse que estava no bairro do Amparo, no posto de saúde e não tinha encontrado medicamento nenhum e sua filha precisava do remédio, que é controlado. Ela me contou que já tinha dado entrada no Ministério Público”, frisou. Ainda conforme o legislador, o assessor do vereador Luís do Alto (PP) deu uma carona a uma pessoa que ia fazer um curativo, mas ao chegar ao posto não tinha gazes para realizar o procedimento médico. Diante disso, ele questiona: “Onde está o recurso público em quase R$ 1,5 milhão destinado a saúde municipal? Onde estão os medicamentos?”.
Comissão entregou relatórios para o gestor sobre os PSFs: Perguntado se já foi até a Secretaria de Saúde do município para saber o motivo pela qual isso está acontecendo na cidade, Tom contou que fez um Ofício e está protocolando hoje ao MP (Ministério Público), por achar que independente de qualquer coisa, os secretários, prefeito e líder da bancada andam divulgando que Santo Antônio de Jesus não tem problema com dinheiro e que a prefeitura nunca esteve tão bem como está, “mesmo que haja esse problema na transferência de alguns medicamentos do Estado para o município já era para ter exigido um regime de urgência e uma licitação ou carta convite, pois quem não pode ser penalizado é a população”, destacou. “O prefeito fica com ironia e gozação com a cara do povo, que recebe um salário mínimo e ainda tem que gastar cerca de R$ 200,00 por mês para comprar os medicamentos que deveriam ser dados”, alegou. Na oportunidade, o vereador chamou o prefeito e a secretária de irresponsáveis, por estarem cientes da situação e não fazerem nada para resolver o caso. “No dia que eu fui visitar os postos de saúde eu estava com os vereadores: Dr. Francisco Freire, Dema do Leite e Fátima do Benfica e com a Comissão de Saúde, onde foram feitos relatórios dos pontos positivos e negativos, esses foram entregues a secretária de saúde Laurijane Mercês e ao prefeito Humberto Leite, que não deram nenhuma resposta ao caso”, garantiu. Além da falta de medicamentos, o edil relatou que o gestor precisa ter responsabilidade e resolver o mais rápido possível esse problema de alguma maneira, pois foi eleito para dar assistência a população e não para ofendê-la ao dizer que ela está brincando ao pegar remédios nos postos de saúde e guarda-los em casa.
FONTE: VOZDABAHIA
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