Agora somam 12 os partidos aliados ao governador Rui Costa (PT). O PSB, legenda que caminhou nos últimos oito anos com o governo de Jaques Wagner, mas que rompeu a aliança para lançar candidatura própria, retorna à base governista. Conforme adiantado pela Tribuna, a sigla emplacou a diretoria da Junta Comercial do Estado da Bahia, órgão vinculado à Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração, e a Superintendência de Defesa Civil, ligada à nova Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS). A oficialização da posse ocorrerá nesta segunda-feira (26), às 11 horas, na Governadoria. Segundo a presidente estadual do PSB, a senadora, Lídice da Mata, as duas pastas são áreas de interesse da legenda, que tem quadros partidários com capacidade para assumi-las. “Preferimos uma participação que pudéssemos traduzir esse momento que vivemos e a evolução”, disse, referindo-se ao convite para “cargos importantes” oferecidos no primeiro escalão, a exemplo da pasta de Turismo, mas que foi recusado. À frente da Defesa Civil, a pretensão é intensificar a discussão no âmbito estadual e nacional a respeito de políticas que diminuam os efeitos da seca sobre a população nordestina. “Nós tivemos uma participação no Ministério de Integração Nacional, com o ex-ministro Fernando Bezerra, e eu tenho participação no Senado muito intensa na discussão de políticas nesse sentido”, afirmou. A senadora relembrou ainda que, quando prefeita, criou o Conselho de Defesa Civil do município. “Nós compreendemos que a defesa civil tem que ser vista como uma ação permanente de governo, integrada no seu planejamento. Pensarmos defesa civil não apenas num momento em que as tragédias ocorrem, mas principalmente com uma política permanente de defesa e de prevenção às intempéries”, acrescentou. Cogitada também por deputados pedetistas que permaneceram na base governista, mesmo após o rompimento do PDT com o PT baiano, a Juceb também caiu nas mãos dos socialistas, cujo diálogo acontecia desde a retomada com o PSB para o apoio a Dilma Rousseff no segundo turno. A Juceb é responsável pela abertura em média de 40 mil empresas por ano na Bahia, fazendo registros públicos, e possui o maior banco de dados empresariais do Estado. “O que nós precisamos, e queremos, é aperfeiçoar o serviço prestado às empresas e fazer com que tenhamos uma relação facilitadora, e sustentável, fortalecendo a iniciativa dos empreendedores baianos”, disse Lídice. Embora tenha desconversado, quem deve ficar à frente da Junta é o administrador Antônio Carlos Tramm. Ele foi coordenador da campanha da senadora ao governo da Bahia ano passado, logo após deixar a diretoria da gestão comercial da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba). Em 2008, ocupou a chefia de gabinete da Secretaria de Turismo, e assumiu a pasta em 2010, quando o secretário Domingos Leonelli tentou uma cadeira na Câmara dos Deputados. Sobre o nome à frente da Defesa Civil, a senadora desconversou. “Ainda temos esse final de semana de diálogo”.
Retomada – O PSB baiano esteve ao lado do governo de Jaques Wagner nos últimos oito anos e, aliada aos petistas, Lídice da Mata se elegeu a primeira senadora da Bahia. Nos bastidores, os comentários eram de que o relacionamento entre o PSB e o PT baianos teria ficado estremecido quando os socialistas cogitaram a candidatura da senadora com o apoio do PT. O que não ocorreu. Em função do pleito nacional socialista, Lídice saiu do governo para a construção da “terceira via” com a candidatura de Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo no dia 11 de agosto do ano passado, seguida pela ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. “Retomamos o diálogo desde o momento em que apoiamos Dilma. É importante dizer que nós não somos uma força que vinha de uma oposição radical ao governo. Nós participamos do esforço de libertar a Bahia do carlismo com a candidatura de Wagner, e participamos do esforço de mudanças políticas e econômicas que o governo de Wagner realizou”, frisou a senadora. “Saímos do governo em função do pleito nacional do partido, de construção da terceira via. Mas, uma vez passada a eleição e rearrumando o campo político na Bahia, a Executiva do partido entendeu por maioria que deveria buscar uma reaproximação com o campo ideológico mais próximo”, definiu. (Tribuna da Bahia)
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