Estudantes que usam os recursos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) estão preocupados com a demora na manutenção do site que permite a renovação dos contratos. O Fies paga de 50% a 100% da mensalidade, dependendo da renda da família. Os pedidos ao programa de financiamento podem ser feitos em qualquer época do ano. Quem acessa a página do MEC e clica no Fies, vê apenas o aviso de que o sistema está em manutenção para adequar o financiamento a novas regras. Vitor Gammado está com medo de ter de pagar as primeiras mensalidades do bolso. "Eu consigo pagar, mas se tivesse de bancar tudo não precisava do Fies", afirma. O Ministério da Educação diz que o site estará no ar de forma parcial até o final desta semana. Segundo o MEC, os alunos que já têm o Fies não serão prejudicados, o dinheiro será repassado às faculdades. Mas novos financiamentos, só depois que o site voltar a funcionar. O site está fora do ar desde o início do ano depois que o governo estabeleceu uma nova regra para a criação de novos contratos a partir de abril. Pela nova regra, o estudante precisa ter uma pontuação mínima de 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não ter tirado zero na redação. Até então, não havia exigência de notas. O MEC diz que as mudanças nas regras são para melhorar a qualidade do ensino no país.
O secretário-executivo do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, disse que o governo vai conversar com as entidades particulares de educação superior "dentro do pressuposto da qualidade". As faculdades questionam a nova exigência de uma pontuação mínima para os estudantes terem acesso ao financiamento de cursos. No ano passado, o governo gastou R$ 9 bilhões com o Fies. Para conseguir financiamento é preciso ter renda familiar mensal bruta de até 20 salários mínimos.
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