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A hipertrofia mamária ou gigantismo é resultado do desenvolvimento excessivo da glândula mamária; podendo ser bilateral ou unilateral. O doutor César Kelly Villafuerte Vélez, cirurgião plástico, que participou do II Encontro de Gigantomastia, disse que a disfunção pode causar o afastamento da doente das atividades sociais e do trabalho, devido às dores nas costas, perda de suas capacidades normais e da dignidade feminina, com a insatisfação com o corpo.
De acordo com o especialista entre 6% a 10% das mulheres no estado possuem esse tipo de problema, que pode ter causas variadas. “Aqui identificamos e buscamos na literatura a história da afro descendência . As mulheres de origem africana geralmente tinha os seis grandes e aqui junto com os fatores sociais, ambientais e de nutrição em alguns casos essas mamas se desenvolveram exageradamente”, explicou Vélez.
Em Feira de Santana foi realizado um estudo em 2010 com a participação de 234 pacientes e foi identificado gigantomastia em 60 mulheres. “Não existe nenhum dado especifico ou populacional, porém com essa freqüência na triagem, identificamos que é um problema grande”, alertou.
O tratamento da hipertrofia é feito com intervenções cirúrgicas. De acordo com Vélez, a cirurgia não era feita pelo SUS. O médico relata que voluntariamente algumas operações eram realizadas na cidade. “A partir de 2010 fazemos duas cirurgias financiadas pela prefeitura. A cirurgia é realizada em adultas e que já tenham tido seus filhos, por que com o tratamento muitas perdem a capacidade de amamentar no futuro”, salientou o cirurgião.
A gigantomastia pode ser detectada após exames físicos e fotografias e com quatro quilos de mama já pode ser considerado como um caso da hipertrofia. “As mamas gigantes agem como uma mochila pesada e uma carga de peso muito grande na parte anterior do corpo, isso faz com que toda estrutura esquelética seja alterada. Tem pacientes que o ombro afunda, a coluna entorta, causando dor, provocando perda da capacidade de trabalho, não podendo realizar atividades que qualquer um faria”, disse.
Psicologicamente a perda da feminilidade acontece pelas alterações na mama. Seja na retirada dos seios, seja em situações de hipertrofia o feminino é esteticamente atingido. “Por isto a necessidade de estar neste programa para recuperar-se fisicamente e psicologicamente”, concluiu.
(Por Hamurabi Dias)
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